segunda-feira, 26 de maio de 2008

SOBRE A TEORIA ESTRUTURALISTA



- Por Maria das Graças

O estruturalismo é um método analítico e comparativo que estuda os elementos ou fenômenos com relação a uma totalidade, salientando o seu valor de posição. O conceito de estrutura significa a análise interna de uma totalidade em seus elementos constitutivos, sua disposição, suas inter-relações.
O estruturalismo é um movimento predominantemente europeu. Tentou obter a interdisciplinariedade das ciências. A Teoria Estruturalista representa um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação da Teoria das Relações Humanas, e pretende ser uma síntese entre esta e a Teoria Clássica. Inspirou-se na abordagem de Max Weber e nos trabalhos de Karl Marx. Representa uma visão extremamente crítica da organização.

ORIGENS DA TEORIA ESTRUTURALISTA




- Por Ana Cláudia Lima

As origens da Teoria Estruturalista na Administração foram as seguintes:

A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas ­incompatíveis entre si.
Requereu uma posição que pudesse abranger os aspectos que eram considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa.
Busca ser uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das Relações Humanas (informal).

A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social grande e complexa, onde interagem grupos sociais".
Precisam compartilhar alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica da organização), mas que podem incompatibilizar com outros (como a maneira de distribuir os lucros da organização).
A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações.
O estruturalismo teve forte influência nas ciências sociais, tais como: Filosofia, Psicologia, Antropologia, Matemática e Lingüística, chegando até a teoria das organizações.
Novo conceito de estrutura: é o conjunto formal de dois ou mais elementos que subsiste inalterado mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações.

SOCIEDADE DE ORGANIZAÇÕES



- Por Suzancat Rosa
Para os estruturalistas a sociedade moderna é uma sociedade de organizações.
O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os grupos sociais, iniciado pela Teoria das Relações Humanas, para o das interações entre as organizações sociais.

As organizações:
A teoria estruturalista concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura interna e na interação com outras organizações.
As organizações são concebidas como unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas a fim de atingir objetivos específicos.
Os estruturalistas focalizam as organizações complexas, caracterizadas pelo elevado grau de complexidade na estrutura e nos processos devido ao grande tamanho ou à natureza complicada das operações.

O homem organizacional:
O homem organizacional é aquele que desempenha papéis em diferentes organizações.
O homem organizacional, para ser bem-sucedido em todas as organizações, precisa ser flexível, tolerante às frustrações, ser capaz de adiar as recompensas, e apresentar um permanente desejo de realização.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES



- Por Osni Santos e Joseane Santiago.


A teoria estruturalista estuda as organizações através de uma análise organizacional muito mais abrangente do que as teorias anteriores (clássica ,relações humanas e burocracia).
A abordagem múltipla utilizada pela Teoria Estruturalista envolve:

  • Tanto a organização formal como a organização informal.

Organização Formal
Refere-se geralmente ao padrão de organização determinado pela administração como o esquema de divisão de trabalho e poder de controle, regras e regulamentos de salários e controle de qualidade.
Exemplo: Empresas tradicionais com longo tempo no mercado, que tem como algumas características prêmios e punições.

Organização Informal
Refere-se ao relacionamento interpessoal ou seja as relações sociais que se desenvolvem espontaneamente entre o pessoal ou os trabalhadores, acima e além da formal (trabalham em equipe e são amigos).

  • Tanto as recompensas salariais e materiais como as recompensas sociais e simbólicas.

Para os estruturalistas, embora as recompensas sociais e simbólicas sejam importantes, elas não diminuem a importância das recompensas materiais e salariais. Para que as recompensas sociais e simbólicas sejam eficientes é preciso que quem as receba esteja identificado com a organização que a concede, além disso, os símbolos devem ser compartilhados pelos outros, como a esposa, colegas, fato que faz com que estas recompensas sejam menos eficientes com os funcionários de posições mais baixas;

  • Todos os diferentes níveis hierárquicos de uma organização.

As organizações se desdobram em três níveis, o institucional, o gerencial e o técnico.

Institucional ou estratégico: É o nível mais elevado, composto por dirigentes ou altos funcionários, tem a responsabilidade de definir os principais objetivos e as estratégias organizacionais. Lida com o longo prazo e a totalidade da organização.

Gerencial: É o nível intermediário situado entre o nível institucional e o nível técnico, composto por gerentes, tem a responsabilidade de cuidar do relacionamento e integração dos níveis institucional e técnico. Responsável pelas transformação das decisões tomadas no nível institucional em planos e programas para que o nível técnico execute.

Técnico ou operacional: É o nível mais baixo, composto por supervisores e executores, tem a responsabilidade de cuidar da execução das operações e tarefas. Voltado ao curto prazo, segue os programas e rotinas desenvolvidos pelo nível gerencial.

  • Todos os diferentes tipos de organizações.

As organizações são concebidas de acordo com os modelos racional e natural. O modelo racional segue a lógica de sistema fechado, que exclui a incerteza, se caracterizando pela visão focalizada apenas nas partes internas do sistema, e pela ênfase no planejamento e no controle. O modelo natural segue a lógica de sistema aberto, que lida com a incerteza e imprevisibilidade, e caracteriza-se pela visão focalizada sobre o sistema e sua interdependência com o ambiente.

  • A análise intra-organizacional e análise inter-organizacional.

Análise intra-organizacional: a análise organizacional passa a ser feita através de uma abordagem múltipla, ou seja, através de uma análise intra-organizacional (dos fenômenos internos) e da análise inter-organizacional (dos fenômenos externos, em função das relações da organização com as outras organizações no meio ambiente).

TIPOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES





- Por Jamile Paixão




Não existem duas organizações iguais. As organizações são diferentes entre si e apresentam enorme variabilidade. Contudo, elas apresentam certas características que permitem classificá-las em certos grupos ou tipos. Essas classificações que denominaremos tipologias das organizações.
Para facilitar a análise comparativa das organizações, boa parte dos autores estruturalistas desenvolveu tipologias de organizações, tentando classificá-las de acordo com certas características distintivas.


Tipologia de Etzioni

Etzioni elabora sua tipologia de organizações, classificando as organizações com base no uso e significado da obediência. Para ele, a estrutura de obediência em uma organização é determinada pelos tipos de controles aplicados aos participantes. Assim, a tipologia das organizações, segundo Etzioni, é a seguinte:

Organizações coercitivas: o poder é imposto pela força física ou por controles baseados em prêmios ou punições. Utilizam a força - latente ou manifesta - como o significado principal de controle sobre os participantes de nível inferior. O envolvimento dos participantes tende a ser "alienativo" em relação aos objetivos da organização. As organizações coercitivas incluem exemplos como os campos de concentração, prisões, instituições penais etc.
Organizações utilitárias: poder baseia-se no controle dos incentivos econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os participantes de nível inferior contribuem para a organização com um envolvimento tipicamente "calculativo", baseado quase exclusivamente nos benefícios que esperam obter. O comércio e as corporações trabalhistas estão incluídos nesta classificação.
Organizações normativas: o poder baseia-se em um consenso sobre objetivos e métodos de organização. Utilizam o controle moral como a força principal de influência sobre os participantes. Os participantes têm um alto envolvimento "moral" e motivacional. As organizações normativas são também chamadas "voluntárias" e incluem a Igreja, universidades, hospitais e muitas organizações políticas e sociais. Aqui, os membros tendem a buscar seus próprios objetivos e a expressar seus próprios valores pessoais.


A tipologia de Etzioni é muito utilizada em face da consideração que faz sobre os sistemas psicossociais das organizações. Contudo, sua desvantagem é dar pouca consideração à estrutura, à tecnologia utilizada e ao ambiente externo. Trata-se de uma tipologia simples e unidimensional, baseada exclusivamente nos tipos de controle.

Tipologia de BLAU e SCOTT

Blau e Scott apresentam uma tipologia das organizações baseada no beneficiário, ou seja, de quem se beneficia com a organização.
Para BLau e Scott, há quatro categorias de participantes que podem se beneficiar com uma organização formal:
- os próprios membros da organização;
- os proprietários ou dirigentes da organização;
- os clientes da organização:
- o público em geral.


Em função dessas quatro categorias de beneficiários principal que a organização visa atender, existem quatro tipos básicos de organizações:
Associação de benefícios mútuos: em que o beneficiário principal São os próprios membros da organização como as associações profissionais, as cooperativas, os sindicatos, os fundos mútuos, os consórcios etc.;
Organizações de interesses comerciais: em que os proprietários ou acionistas são os principais beneficiários da organização como a maior parte das empresas privadas, sejam sociedades anônimas ou sociedades de responsabilidade limitada;
Organizações de serviços: em que um grupo de clientes é o beneficiário principal. Exemplos: hospitais, universidades, escolas, organizações religiosas e agências sociais;
Organizações de Estado: em que o beneficiário é o público em geral. Exemplos: a organização militar, correios instituições jurídicas e penais, segurança pública, saneamento básico etc.

A tipologia de BLau e Scott apresenta a vantagem de enfatizar a força de poder e de influencia do beneficiário sobre as organizações, a ponto de condicionar a sua estrutura.

terça-feira, 13 de maio de 2008

OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS



- Por Denise Lima

Um objetivo organizacional é uma situação desejada que uma organização tenta atingir; um objetivo é um estado que se procura, e não um estado que se possui. A eficiência geral de uma organização é determinada pela medida em que essa organização atinge seus objetivos.

Funções dos objetivos organizacionais:
- pela apresentação de uma situação futura indica uma orientação que a organização procura seguir;
- os objetivos constituem uma fonte de legitimidade que justifica as atividades de uma organização;
- os objetivos servem como padrões para avaliar o êxito da organização;
- os objetivos servem como unidade de medida para o estudioso de organizações que tenta verificar e comparar a sua produtividade.

Os objetivos são ideais que a organização pretende atingir e transformar em realidade. Dois modelos de organização:
- modelos de sobrevivência: quando a organização desenvolve objetivos que lhe permitem simplesmente existir e manter sua produtividade;
- modelos de eficiência: desenvolve objetivos que lhe permitem não apenas existir, mas também funcionar dentro de padrões de crescente eficiência.
O estabelecimento de objetivos por uma organização é intencional, é um processo de interação entre a organização e o ambiente.

Há cinco categorias de objetivos organizacionais:

1. Objetivos da sociedade: o ponto de referência é a sociedade em geral, preenchendo as necessidades da sociedade. Ex: manter a ordem pública.
2. Objetivos de produção: o ponto de referência é o público que entra em contato com a organização. Ex: serviços a empresas.
3. Objetivos de sistemas: o ponto de referência é o estado ou maneira de funcionar da organização. Ex: ênfase nos lucros da organização.
4. Objetivos de produtos: o ponto de referência são as características dos bens e serviços produzidos. Ex: ênfase na variedade de produtos.
5. Objetivos derivados: o ponto de referência são os usos que a organização faz do poder originado na consecução de outros objetivos. Ex: serviços comunitários.


As organizações podem alterar seus objetivos, no processo de ajuntamento a situações imprevistas. O objetivo de uma organização não é um só, e sim um conjunto de objetivos.
Há uma relação íntima entre os objetivos organizacionais e o meio, o que necessita uma constante reavaliação desses objetivos em face das alterações do meio ambiente e da organização.

AMBIENTE ORGANIZACIONAL

- Por Suelen Moreira

As organizações existem em um contexto no qual denominamos ambiente. Ambiente é tudo o que envolve externamente uma organização. Para os estruturalistas, o ambiente é constituído pelas outras organizações que formam a sociedade. A organização depende de outras organizações para seguir o seu caminho e atingir os seus objetivos. A interação entre a organização e o ambiente torna-se fundamental para a compreensão do estruturalismo. O conceito de interdependência das organizações e conjunto organizacional são fundamentais para a análise interorganizacional.

  • Interdependência das organizações com a sociedade: existe uma interdependência das organizações com a sociedade em geral em função das complexas interações entre elas. E algumas das conseqüências dessa interdependência são as mudanças frequentes nos objetivos organizacionais à medida que ocorrem mudanças no ambiente externo e um certo controle ambiental sobre a organização, o que limita a sua liberdade de agir. As estratégias que as organizações desenvolvem lidar com o seu ambiente podem ser competição e de cooperação.
  • Conjunto organizacional: cada organização ou classe de organizações tem interações com uma cadeia de organizações em seu ambiente, formando um conjunto organizacional.

A ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL




- Por Gilson Ferreira

Toda a organização depende de outras organizações e da sociedade em geral para poder sobreviver. Existe uma interdependência das organizações com a sociedade em geral em função das complexas interações entre elas. E algumas das conseqüências dessa interdependência são: mudanças freqüêntes nos objetivos organizacionais à medida que ocorrem mudanças no ambiente externo e um certo controle ambiental sobre a organização, o que limita sua liberdade de agir, cada organização desenvolve estratégias para lidar com o seu ambiente, existem estratégias de competição e de cooperação.
A estratégia organizacional é a maneira deliberada de fazer manobras no sentido de administrar suas trocas e relações com diversos interesses afetados por suas ações.

CONFLITOS E DILEMAS ORGANIZACIONAIS


- Por Laís Nascimento


As organizações se confrontam com dilemas e conflitos. Conflito representa um choque de interesses antagônicos e dilema representa uma situação frente a dois interesses inconciliáveis entre si: o atendimento de um impede o atendimento de outro. Para os estruturalistas os conflitos são elementos geradores das mudanças e do desenvolvimento da organização.
Alguns tipos de situação nas organizações que provocam conflitos ou dilemas:

  • Conflito entre autoridade do especialista (conhecimento) e a autoridade administrativa (hierarquia);
  • Dilemas da organização segundo Blau e Scott: dilema entre coordenação e comunicação livre, dilema entre disciplina burocrática e especialização profisssional, dilema entre a necessidade de planejamento centralizado e a necessidade de iniciativa individual; que são manifestações do dilema maior entre ordem e liberdade;
  • Conflitos entre linha e assessoria (staff): derivam basicamente da ambição e comportamento individualista dos altos funcionários de linha; da oferta de serviços de staff para poder justificar sua existência; da dependência da aprovação de funcionários de linha para a promoção para posições mais altas da assessoria ou vice-versa.

SÁTIRAS À ORGANIZAÇÃO





- Por Augusto Gomes e Fabiana Carvalho

Os estruturalistas abordam a organização sob um ponto de vista eminentemente crítico. Contudo, surgiram livros de cunho humorístico, pitoresco e irreverente, e que expõem à sátira o paradoxo e o aparente absurdo de alguns aspectos tradicionalmente aceitos dentro das organizações. Demonstram o ridículo de certos princípios dogmáticos, utilizam afirmações jocosas e absolutas, exemplos perfunctórios e, sobretudo, demonstram uma visão apocalíptica da irreparável entropia das organizações. Apesar de não proporem qualquer tipo de solução, esses autores satíricos – da abordagem do nonsense – apontam falhas e incongruências no processo aparentemente racional da organização. Seu sucesso literário, entretanto, tende a popularizar umas visões críticas, ácidas e negativas do funcionamento das organizações. Obviamente, pecam pelo exagero.

  • Northcote Parkinson – A lei de Parkinson

"É o homem mais ocupado que tem mais tempo livre"


Você provavelmente já percebeu que se tiver dez minutos para escrever um relatório, você vai escrevê-lo em dez minutos. Mas se tiver quatro horas, vai levar quatro horas para fazer a mesma coisa.

A Lei de Parkinson explica esse… fenômeno: o trabalho existente aumenta a fim de preencher e ocupar todo o tempo disponível para a sua conclusão.
Entendeu agora porque toda a vez que você tem que apresentar algum tipo de relatório, conclusão de tarefa, ou até mesmo um trabalho na faculdade , é muito comum… estourarmos o prazo disponível?
Se você destinar, por exemplo, uma hora para terminar um relatório, é bem provável que termine neste prazo. E se você destinar duas horas para terminar o mesmo relatório é bem provável que… também termine-o dentro deste prazo de duas horas!!!

  • Peter e Hull - Princípio de Peter

"Numa hierarquia, todo empregado tende a ascender até seu nível de incompetência"

O funcionário que é promovido pelo bom desempenho no seu cargo, poderá não ter a capacidade para o mesmo bom desempenho no novo cargo. Se tiver, corre o risco de ser promovido novamente, até chegar num cargo onde, por não conseguir repetir o bom desempenho, não será mais promovido.

Visto que a despromoção não é um mecanismo habitual, as pessoas mantém-se nessas posições prejudicando a organização onde se encontram. É isso que Peter designa por "nível de incompetência" - o grau a partir do qual as pessoas já não possuem competências para a posição que ocupam.

Victor Thomson - Dramaturgia Administrativa

"A organização só alcançará um caráter pluralista quando o conflito entre a autoridade hierárquica e a autoridade do conhecimento do especialista for reconhecida e aceito."

Defende a tese de que nas organizações existe um forte desequilíbrio entre o direito de decidir e o poder de realizar. Habilidade, especialização e competência são aspectos que entram continuamente em choque com autoridade, generalização e hierarquia.
Analisando a origem da hierarquia, Thompson salienta que ela é mágica e religiosa. A hierarquia passou a ser burocrática quando foi organizada racionalmente através de uma cadeia de níveis em que as funções são dispostas numa relação escalar de poder do superior sobre o subalterno. As funções hierárquicas passaram a ser estritamente disciplinada. Porém, a hierarquia não detém a competência de conhecimentos nos capaz de proporcionar decisões e desempenho técnico adequado.
A conclusão geral de Thompson é de que, primeiro, a produção e a inovação variam inversamente: quando maior, uma, menor a outra, e vice-versa. E em segundo lugar, a hierarquia fundamenta-se numa estrutura monocrática e rotineira e, portanto, contrária à criatividade e à inovação.

  • Antony Jay - Maquiavelismo nas organizações

"A nova ciência da Administração não é, na verdade, mais do que uma continuação da velha arte de governar"

Antony Jay publicou um livro no qual procura demonstrar que "a nova ciência da Administração não é, na verdade, mais do que uma continuação da velha arte de governar", baseando-se em Maquiavel. Nicclò Machiavelli escreveu o livro O Príncipe em 1513, oferecido a Lourenço de Médici, como sugestões para a difícil arte de governar. No livro expõe a sua teoria política, conhecida como maquiavelismo, cujos principais aspectos são:
· Independência da política em relação à moral: os fins justificam os meios.
· O princípio deve agir de acordo com o interesse particular, sem considerar a palavra empenhada ou os acordos estabelecidos.
· Oportunismo: o príncipe deve identificar-se com o povo e ter sempre em mira o bem público.
· A ação do príncipe é necessária, mas não santificada: acima do ideal está a realidade implacável, férrea e iníqua.
A característica principal da obra política de Maquivel é o seu relativismo moral, ou, em outras palavras, o seu desapego à moral. Para Maquiavel, a moral é contingente e circunstancial. Por isso, a palavra maquiavelismo passou a ser usada, tanto na esfera pública como na particular, para designar ações sagazes e hipócritas, nas quais os fins são mais importantes do que os meios. Os fins alcançados justificam os meios empregados, por piores que sejam. O livro retrata a arte de governar pela força, malícia, intimidação e astúcia.

  • Scott Adams - As tiras de Dilbert

Provavelmente, a perspectiva mais gozadora do mundo dos negócios se encontra no personagem Dilbert de Sott Adams. Suas tiras cômicas e humorísticas a respeito do mundo dos negócios em função das práticas administrativas que o autor percebia enquanto trabalhava em uma grande organização.

APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA ESTRUTURALISTA





- Por Naiara Rodrigues




  • Convergência de várias abordagens: integra as teorias Clássica, das Relações Humanas e Burocracia, ampliando seus conceitos;
  • Ampliação da abordagem: a ênfase desloca-se totalmente para a organização;

  • Dupla tendência teórica: a integrativa, cuja preocupação é juntar e cujo objeto de análise é a organização como um todo, e a do conflito, cuja preocupação é mostrar a dinâmica e cujo objeto de análise são os conflitos (que não são relegados à esfera de atritos interpessoais, mas também à estrutura organizacional e societária);

  • Análise organizacional mais ampla: a teoria estruturalista estimula o estudo de organizações não-industriais e de organizações não-lucrativas e a análise organizacional pode ser feita no nível da sociedade, no nível intergrupal ou no nível interpessoal;

  • Inadequação das tipologias organizacionais: as tipologias são limitadas quanto à sua aplicação prática e se baseiam em uma única variável ou aspecto básico (unidimensionais);

  • Teoria da crise: tem mais a dizer sobre os problemas e patologias das organizações complexas do que com sua normalidade;

  • Teoria da transição e da mudança: representa uma trajetória à abordagem sistêmica, na sua tentativa de conciliação e integração dos conceitos clássicos e humanísticos, a visão crítica do modelo burocrático, a ampliação da abordagem das organizações envolvendo o contexto ambiental e as relações interorganizacionais, além de um redimensionamento das variáveis organizacionais internas (múltipla abordagem da teoria estruturalista).









-FONTE: http://www.geocities.com/, http://josemarmd.googlepages.com/teoria_estruturalista.doc, www.alexlocci.kit.net